sexta-feira, 8 de maio de 2009

Silêncio, por favor!

Ai... Essa frase me lembrou uma música do Paulinho da Viola:

“Silêncio por favor
Enquanto esqueço um pouco a dor no peito
Não diga nada sobre meus defeitos...”

Quem será que inventou o dia do silêncio e por quê? Quantas pessoas sabem que hoje é o dia do silêncio? Que preguiça de perguntar para o meu amigo Google.
Na verdade não sei se tem um objetivo ou não, mas esse dia podia remeter ao próprio significado da palavra, segundo os principais dicionários: a ausência total de ruídos. Por um dia! Um diazinho apenas. Ou seja, pura utopia! Silêncio hoje em dia só pode estar relacionado ao fim do mundo.
No início era o Caos... O novo caos seria o silêncio total.
Dá até prazer em pensar. Sem máquinas, carros, caminhões, trens, buzinas, gritarias, TV com a novela das oito cheia de expressões indianas mal pronunciadas, funk da mulher melancia, maçã e homem banana, etc, etc... Só a mais pura contemplação do silêncio. Como diria um grande entendedor do assunto, Charles Chaplin:
"O som aniquila a grande beleza do silêncio."
Concordo plenamente. O silêncio, além de ser muitas vezes esclarecedor, também é belo.
Acho que ouvi há um tempo atrás sobre um dia do silêncio criado nos EUA por uma comunidade gay para representar a solidão e o desprezo que eles recebiam da sociedade. Não sei se é isso mesmo, mas achei a melhor forma possível de protestar. O silêncio é uma arma poderosa. Em nossa História já foi o protagonista muitas vezes. O momento que mais pode exemplificar o que estou dizendo é o Holocausto. Um desastre fruto da tirania de um e do silêncio de milhares.
O minuto de silêncio também é uma maravilhosa homenagem. Nos faz refletir sobre a grandeza das pessoas. Nos lembra que somos humanos e não nos conformamos com a violência dos nossos dias.
Silêncio pode ser sinônimo de muita coisa: medo, desprezo, indiferença, constrangimento e o mais comum de todos: falta de assunto e/ou de opinião. Esse último silêncio me irrita muito, mais que o silêncio da indiferença. Algumas pessoas não falam com receio de parecer idiotas e, no fim, podem simplesmente parecer covardes. Será que é tão menos degradante parecer covarde?
“Quem cala consente!”
É isso mesmo! Vivemos num mundo de consentidores. Um vergonhoso mundo em que há aqueles que preferem que critiquem o seu silêncio ao invés de suas palavras.
O silêncio realmente não atesta ignorância. O silêncio apenas omite a falta de conteúdo! Mas não é esse o silêncio que esperamos das pessoas. Gostamos do silêncio que traduz a serenidade, e o silêncio que amamos é aquele que diz tudo!

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