Acho mesmo que ainda estamos
sofrendo as consequências da febre universal dos realities shows e/ou todos
acreditam mais do que nunca na imortal frase de Andy, o Warhol, lembra?
- Um dia todos terão os seus 15
minutos de fama...
Ok, talvez todos possam realmente ter 15
minutos de fama. E para quê? Alguém me diz?
10% de todos terão algo
interessante para dizer, ensinar, mostrar?De minha parte, o meu anonimato está de ótimo tamanho. Para mim e para os outros, especialmente se os outros também pensam que fama e talento deveriam andar de mãos dadas...
Os seres humanos são apenas carentes de
atenção e querem reconhecimento.
Os seres humanos mais carentes de
atenção são aqueles que menos tem o que fazer em suas vidas.
Os que mais querem reconhecimento
são aqueles que menos apreciam o que fazem. Apreciar não no sentido de gostar,
é claro. Apreciar no sentido de se dedicar, de entender, de se aprimorar e, por
fim, fazer parte daquilo que se faz. E, obviamente, neste estágio, necessidade
de reconhecimento é apenas uma cereja no topo do sundae...
Não, meu blog querido, não estou
sendo pessimista. Essa é mais uma constatação de final de tarde de uma 5ª ou 6ª feira
comum. Aquelas em que você passa
pelos bares das grandes cidades e observa as conversas de happy hour e percebe
que são todas iguais. Homens e mulheres comentando o quanto trabalham, o quanto
se esforçam, o quanto contribuem para a empresa ou um projeto, ou o
quanto entendem de determinado assunto, o quanto isso, o quanto aquilo... Será
que as pessoas esqueceram o quanto é envolvente alguém que fale pouco
sobre o seu trabalho, a sua importância ou a sua personalidade? O quanto instiga-nos buscar informações relevantes?
Está cada vez mais difícil
encontrar uma mulher bonita e bem vestida, que eventualmente não se mostre uma
expert em tendências “allwear” & make up ; )
Será que as pessoas esquecem que
quem realmente trabalha muito, não tem tempo de ficar reclamando ou se
vangloriando do quanto trabalha?
Será que esquecemos que
as pessoas realmente inteligentes são aquelas das quais mais queremos obter
informações? E por mais extrovertidas que elas sejam, dificilmente se mostram?
Pois é, acho que sim. Lá vou eu
de novo falar das redes sociais, do "twit", do facegrude, etc, etc... Mas a contribuição delas para esse esquecimento
é inegável. E chego a pensar que é irreversível.
É uma pena. Pois quando a gente
começa a esquecer a nossa desimportância, também esquecemos o quanto é necessário lutar para nos afastarmos dela e assim, de fato, parecermos minimamente interessantes...
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