terça-feira, 15 de junho de 2010

ALL WE NEED IS LOVE!

E se todas as pessoas realmente acreditassem nesta frase? Se realmente tivéssemos consciência de que tudo que precisamos é AMOR? Se soubéssemos quanto as nossas demonstrações de carinho, respeito, gentileza e solidariedade são importantes na construção de um mundo melhor?
Acho que sabemos, mas esquecemos. Paulatinamente perdemos a noção da importância do amor em nossas vidas. E como isso foi acontecer?
Não sei. Realmente não sei, mas precisamos descobrir urgentemente.
Já vivemos em tempos de completo egocentrismo. Ora, blogs como este são a prova disso (mea culpa). A prova de que achamos que nossas opiniões são interessantes e dignas de destaque. Bom, que pelo menos elas sejam realmente úteis... Ou tentem ser.
Outro dia estava lendo o clássico 1984 de George Wells (e inclusive me perguntando como sobrevivi tantos anos sem esta obra) e percebi que de certa forma a internet é um 1984 às avessas. Criamos voluntariamente uma “novilíngua” e cada dia emburrecemos voluntariamente, sempre centralizados nas nossas necessidades. Será que é por isso que somos tão mal educados? Porque nosso vocabulário ficou pequeno demais para dizer: “obrigado”, “por favor”, “você tem razão”, “eu não sei” e principalmente as partes mais importantes do nosso léxico que correspondem às desculpas e aos elogios. Não sei. Continuando a comparação com 1984, voluntariamente uma infinidade de internautas e “realinautas” querem o Grande Irmão, acham que precisam ser enxergados, observados, como se eles tivessem muito a dizer, como se fossem fundamentais para o sistema. E citando Wells novamente, eles querem ser mais iguais que os outros, mas hipocritamente dizem sempre que são TODOS IGUAIS.
Se a máxima “Amai-vos uns aos outros” ainda é a lei que comanda a vida das pessoas como chegamos a este ponto? Bom, talvez porque ela nunca tenha sido, né?
Tenho presenciado tantas cenas, tantos gestos, tantas provas de desamor que fico pensando onde tudo isso vai dar um dia. Filhos que não respeitam e não se importam com seus pais, tratando-os como seus empregados, seus escravos ou o seu banco particular. Maridos tratando esposas como sua propriedade, diminuindo-as para que com a auto-estima ferida talvez elas dêem a eles o devido valor.
Clientes que tratam empregados e atendentes como uma porta, ou como um trampolim que utilizam para saltar alegremente rumo à sua suposta superioridade.
Chefes tratando subordinados como peças de sua coleção Lego:
- Ops, menos um da Lego City! Menos um para tomar o meu lugar! Essa peça não encaixa...
Funcionários que acham que dão demais e recebem de menos porque aprenderam que apenas graduar-se e estudar é suficiente para conseguir bons cargos. Lamentavelmente não os ensinaram na faculdade a ter criatividade, jogo de cintura, lidar com situações difíceis e embaraçosas e, é claro, o mais importante: saber que fazer um café e passar um pano no chão não o fará menos inteligente ou menos importante.
Que espécie de amor as pessoas buscam na religião? Que amor faz com que as pessoas se choquem ao ver dois homens se beijando na rua, mais do que ver crianças dormindo no chão e passando fome, abandonadas como cachorros? Que amor faz parte da vida das pessoas que perdoam e utilizam esse perdão como vingança ou opressão?
Não sei também. Apenas aprendi que o único amor que interessa é uma espécie denominada INCONDICIONAL. Eu nunca vi essa espécie pessoalmente, você já?
Mas tenho esperanças, sempre! E enquanto eu não encontro essa raridade, vou treinando com um pouquinho de respeito, algumas doses de desapego, altruísmo, solidariedade, carinho e atenção. Queria mais, é claro! Estou tentando. Todos podem, eu recomendo!
(Ao som do tema do meu bloguinho...rss)

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